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Adolescentes (12, 13 e 14 anos)

Adolescentes (12, 13 e 14 anos)

 

ADOLESCENTES (12, 13 e 14 anos)

 

FONTE (Livro: Psicologia da criança, 3 edição de Roberta Fay e Eunice V. Jhonson)

adolescentes

A-  CORPO

É uma época de crescimento e modificação no corpo. Prazer na atividade física sempre acompanha o crescimento. As meninas desenvolvem-se mais rápido que os meninos, sendo mais altas e aproximando-se da puberdade.

Tem apetite enorme, pois necessitam juntar energias para o crescimento.

Passam por períodos alternados de energia e grande cansaço, devido, também, ao crescimento rápido. Às vezes são acusados de preguiça, mas o fato é que seu corpo necessita de descanso.

Desajeitado: Precisa acostumar-se com seu novo tamanho. Braços e pernas crescem antes do resto do corpo. O adolescente tem que habituar-se aos membros mais compridos.

B – MENTE

Capacidade mental quase atingida: há aprendendo durante a vida toda, mas o desenvolvimento do cérebro ( a “máquina” que raciocina e guarda informações ) está quase completa.

Quer saber a razão de tudo. É a idade das dúvidas. Já não aceita mais que lhe é dito, sem saber porque. Rejeita aquilo que não é explicado adequadamente.

Pensa com seriedade, mas toma decisões precipitadas. Não conhece suficientemente a vida e os problemas para tomar certas decisões, mas julga que já sabe muita coisa.

Tem imaginação ativa, gosta de aventuras, pesquisador. Gosta de imaginar que está experimentando as aventuras daqueles que encontra em revistas e livros, ou que existem na sua imaginação. Tem prazer em resolver problemas, fazer experimentações químicas, descobrir novas coisas.

C-EMOÇÕES

Instável, veemente, inconstante, este é o clima emocional que caracteriza esta idade. Chora e ri veementemente, muitas vezes sem razão aparente.

Leal ao seu grupo – seus amigos do peito. Quer esconder dos adultos e a sua própria vida e os “segredos” da sua pequena “sociedade”.

Extremamente auto consciente. É difícil conseguir que faça qualquer coisa que chame atenção para si.

Sente-se mal entendido. “Ninguém me compreende” é o grito comum da idade.

D-VONTADE

Independente do adulto e das autoridades. Quer ser considerado adulto e não seguir o que outros lhe mandam fazer. Ao mesmo tempo, aprecia as “autoridades” em sua vida que saibam quando dar liberdade para tomar decisões e quando negá-la. Se lhe são dadas razões explicando os regulamentos, para que entenda que são razoáveis e para seu bem,
ficará realmente grato a quem lhe exija a obediência, ainda que esperneando contra a ordem.

E-SOCIAL

Enfrenta problemas de ajustes sociais. O menino perde sua atitude anterior para com as meninas; agora prefere atividades que as incluam. Ao mesmo tempo, sente-se inseguro com elas. As meninas tem a mesma atitude, só que, devido ao seu desenvolvimento mais rápido, elas possuem mais auto-confiança.

Gostam de atividades num grupo, onde ninguém se destaque, mas onde todos possam participar. Fazer sobressair um adolescente perante os demais é motivo de embaraço quase insuportável.

Tem forte senso de humor. Gosta de rir e encontra graça em quase tudo, mesmo nas coisas sérias.

Quer sentir-se parte integral do grupo de amigos, seguindo em cada detalhe os costumes deles. Não é mais a opinião dos pais que pesa nas suas escolhas; é a opinião geral do grupo com quem se associa. Se o sentimento geral do grupo é negativo, nenhum adolescente vai querer o positivo, ainda que a mente lhe diga que sua posição seja errada.

F-ESPIRITUAL

Duvida de tudo. Deus existe? A Bíblia é mesmo Sua Palavra? O céu é uma realidade? Há inferno? As dúvidas honestas, que levam o indivíduo a examinar e verificar para si o que se ensina, são sãs e proveitosas. Deus colocou no jovem esta característica para que se apegasse firmemente à verdade e eliminasse o erro.

Período crítico. O adolescente criado na igreja, mas que nunca experimentou o novo nascimento, provavelmente perderá o interesse nas coisas de Deus, indo para mundo à procura de satisfação que na igreja não encontrou. Não tendo vida espiritual, não possui vontade  nem poder para viver a vida cristã; portanto, rebela-se contra as restrições e normas de conduta que a igreja quer lhe impor.

O adolescente já salvo voltará a examinar novamente tudo que aprendeu nos anos anteriores. Para ele, também, haverá problemas, mas serão minorados pela presença do Espírito Santo em sua vida.

Feliz o adolescente que já experimentou, antes da adolescência, a salvação, consagração e vida vitoriosa, e que agora encontra um professor compreensivo que sabe ajudá-lo a enfrentar os problemas e as dúvidas. Permanecendo firme no Senhor, tornar-se-á crente realmente forte, servo do Senhor, líder no trabalho de Deus.

Decisões tomadas durante este período geralmente são duradouras e, portanto, importantíssimas.

RESUMO

Fisicamente – desajeitado

Mentalmente – criticador

Emocionalmente – inseguro

Volitivamente (vontade) – independente

Socialmente – sociável

Espiritualmente – desconfiado

G-COMO ENSINAR ADOLESCENTES

Chave: Resolução de dúvidas e problemas

1- Neste período o professor é mais importante do que o método. Deve ser caracterizado por amor, firmeza, compreensão e paciência.

Muita oração e inteira dependência do Espírito Santo são imprescindíveis da parte do professor de adolescentes. Quem consegue captar a confiança e manter o interesse dos adolescentes, poderá levá-los longe no caminho de Deus (até o ponto que ele mesmo já atingiu).

2- Ensino adequado:

Dependência do Espírito Santo – Andar pela fé – Colocar Deus em primeiro lugar na vida – O dízimo e contribuição como meio de sustentar a obra de Deus – como funciona a Igreja local e seu lugar nela – A Igreja invisível, Corpo de Cristo (relação entre os membros e a função de cada um) – Os grandes heróis missionários e o resultado dos seus trabalhos – como tornar fracassos em vitórias.

3- Métodos:

Discussões, debates, perguntas, pesquisas, boas histórias ilustrando diferentes aspectos da vida cristã.

Ensino prático do andar diário em dependência de Deus, oração, leitura das Escrituras.

O professor deve cuidar de não tentar solucionar os problemas do adolescentes tomando uma decisão em seu lugar. Escute e discuta o problema, dando opiniões, mas permitindo que o adolescente chegue a certas conclusões. Ore com ele, pedindo a direção de Deus, mostrando-lhe que esta é a maneira de resolver os problemas. O adolescente aprende assim a importante lição de depender daquele que tudo sabe. Além disto, a oração em conjunto resultará num espírito de solidariedade entre aluno e professor.

FONTE (Livro: Psicologia da criança, 3 edição de Roberta Fay e Eunice V. Jhonson)